domingo, 27 de outubro de 2013

Biografia da autora Cecília Meireles

Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964

Biografia da autora Henriqueta Lisboa

A poetisa, ensaísta e tradutora Henriqueta Lisboa  nasceu na cidade de Lambari, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de julho de 1901, fruto da união entre o deputado federal João de Almeida Lisboa e Maria Rita Vilhena Lisboa. Ela se torna, posteriormente, a primeira escritora a ser eleita integrante da Academia Mineira de Letras, em 1963.
Jovem estudante, ela recebe o diploma de normalista no Colégio Sion de Campanha, ainda em Minas. Logo depois, em 1924, ela se transfere para terras cariocas. Henriqueta se devota à poesia prematuramente. Em 1929 ela já tem seu primeiro poema, Enternecimento, premiado; ela angaria então o Prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Sua primeira obra, intitulada Fogo Fátuo, foi publicada quando ela tinha apenas 21 anos, o que confirma seu talento precoce. Ao público infantil ela reserva três livros – O Menino Poeta, de 1943; Lírica, de 1958; e o relançamento, em 1975, do primeiro trabalho devotado às crianças, lançado igualmente em disco pelo Estúdio Eldorado.
Um dos maiores impactos em sua carreira literária é a participação no movimento modernista, em 1945. Nesta época ela foi incentivada a integrar esta escola pelo amigo Mário de Andrade, principalmente através das cartas que ambos trocaram entre 1940 e 1945.
Além dos poemas, Henriqueta produziu várias traduções, ensaios e antologias. Escritora de intensa sensibilidade, ela se devotou de corpo e alma à criação de seus poemas. Ao longo de sua trajetória literária, a poetisa sempre se manteve receptiva a novos estímulos e sugestões de seus contemporâneos, conquistando assim inúmeros admiradores no meio artístico e intelectual, entre eles Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade,Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Gabriela Mistral.
Henriqueta foi homenageada, em 1984, com o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras por sua obra como um todo. Paralelamente ao ofício literário, ela atuou também no campo do magistério, como professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica (Puc Minas) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e como inspetora escolar.
Esta célebre poetisa morreu em 9 de outubro de 1985, na cidade de Belo Horizonte. Em 2002 houve vários eventos comemorativos em prol de seu centenário de nascimento, quando então foram relançados vários de seus livros, em meio a diversas realizações de natureza cultural.
Em sua bibliografia constam inúmeras obras, entre elas Velário (1936); Prisioneira da noite (1941); A face lívida (1945), dedicado à memória de Mário de Andrade, morto nesse mesmo ano; Flor da morte (1949); Madrinha Lua (1952); Azul profundo (1955); Nova Lírica ((1971); Belo Horizonte bem querer (1972); Pousada do ser (1982) e Poesia Geral (1985), coletânea de poemas escolhidos pela própria escritora, extraídos do total de sua obra, a qual foi publicada uma semana depois de sua morte.

Biografia da autora Valérie Zenatti


Valérie Zenatti nasceu em Nice, em 1970, e, com a idade de treze nos se mudou para Israel, com a sua família. Quando fez 18 anos ela fez o serviço militar, que é exigido para homens e mulheres da mesma forma e logo depois retornou à França, lá trabalhou como vendedora, jornalista e professora de hebraico. Hoje, ele é uma autora, roteirista e tradutora. 
   
Seus livros para crianças e adultos jovens, em grande parte são inspirados por suas experiências pessoas, se preocupam tanto com as experiências das crianças e culturas juvenis, e a vida cotidiana de jovens em meio aos conflitos culturais, políticos e religiosos entre Gaza e Jerusalém. Um exemplo disso é "Quando eu era um soldado", que descreve seu próprio tempo no serviço militar. Um autor descreveu sua abordagem para escrever o livro em uma entrevista com o "É mim, mas não sou eu". Ela diz: "É a minha história, mas eu escrevi-o como um romance. Não é um livro de memórias exatas".
   
Embora haja uma notável ausência de discussão política neste romance para jovens adultos, seu segundo livro, "A garrafa no mar de Gaza", reflete sobre a política de Valérie Zenatti confronto em seus primeiros anos em Israel. Depois de um atentando suicida em um lugar público no bairro, ela decide dar uma cara para o chamado inimigo na Faixa de Gaza. 

Através de mensagens em garrafas e coincidências, ela começa a conhecer Naim. E os dois se comunicam por e-mail. Esta é uma descrição narrativa do primeiro passo para aproximar-
se e superar os estereótipos arraigados de posições culturais e políticas.

Canção da tarde no campo - Cecília Meireles


Caminho do campo verde,
estrada depois da estrada.
Cercas de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
que é a imagem da minha vida
tão vazia, mas tão bonita,
tão certa, mas tão perdida !

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a flor é minha

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro do bosque.
Mas a fonte é minha

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto
Subo monte, desço monte
meu peito é puro deserto

Eu ando sozinha
ao longe da noite.
Mas a estrela é minha

Cecília Meireles

O Menino Poeta - Henriqueta Lisboa


O menino Poeta
Não sei onde esta
Procura daqui
Procura de lá
Tem olhos azuis
ou olhos negros ?
Parece Jesus 
ou índio guerreiro ?

Trá-lá-lá-lá-li
Trá-lá-lá-lá-lá

Mas onde andava
que ainda não o vi ?
Nas águas de Lambaro,
nos reinos do Canadá ?
Estará no berço
brincando com os anjos ?
na escola travesso
rabiscando bancos?
O vizinho ali
disse que acolá

existe um menino
com do dos peixinhos.
Um dia pescou
-- pescou por pescar --
um peixinho de ambos
coberto de sal.
Depois o soltou

Ai! que esse menino
será, não será?...

Certo peregrino
(passou por aqui)
conta que um menino
das bandas de lá
furtou uma estrela
Trá-lá-li-lá-lá

A estrela num chora
o menino rindo.
Porém de repente
(menino tão lindo)
subiu pelo morro,
tornou a pregá-la
com três pregos de ouro
nas saias da lua.

Ai! que esse menino
será, não será?...
Procura daqui.
Procura de lá

O menino poeta
quero ver de perto
quero ver de perto
para me ensinar
as bonitas coisas
do céu e do mar
Henriqueta Lisboa

Resumo do livro "Uma Garrafa no Mar de Gaza"

 O livro "Uma Garrafa no Mar de Gaza" de Valérie Zenatti se inicia em setembro de 2003, na cidade de Jerusalém. Conta a historia de Tal Levine, uma garota israelense de 17 anos. Ela nasceu em maio a manifestações a paz em apoio ao povo palestino. Seus pais são defensores da convivência pacifica entre os dois povos.

 Em uma noite, Tal estava se preparando para dormir quando de repente sua casa estremece. Ouve uma explosão nas redondezas da sua casa. Uma terrorista havia se explodido dentro do café Hillel. Seis corpos foram encontrados, entre eles havia uma jovem de 20 anos que morreu junto com seu pai. Ela se casaria algumas horas depois.

 Esse acontecimento meche muito com Tal. Ela não se conforma com essa tamanha violência que é capas de tirar a vida de pessoas inocentes. Ela não quer ser como os israelenses que tem ódio no coração. Tal sempre teve esperança que um dia toda essa gerra finalmente acabace. Um dia na aula de biologia Tal tem uma ideia arriscada de escrever uma carta a um palestino contando o que pensa sobre esse conflito entre dois povos. Ela deposita a carta em uma garrafa, pede para seu irmão, Eytan, soldado a serviço de Israel na fronteira com a Faixa de Gaza, para que lance a garrafa ao mar. Mais seu irmão deixa a garrafa enfiado na areia da praia.

 Tal queria que uma garota palestina da mesma idade que a sua e que tenha a mesma opinião que a sua, encontrasse a garrafa para poder estabelecer um vinculo de paz entre as dias comunidades para a possibilidade do dialogo entre as duas comunidades.

 Mas quem acaba encontrando a garrafa é um jovem palestino de 20 anos chamado Naim, que no inicio de identifica como Gazaman. O dialogo entre os dois é difícil, pois diferente de Tal, ele não acredita mais na paz. Naim reage de uma forma negativa, zomba de Tal, mais ela não desiste e pouco a pouco encontra o caminho que leva ao seu coração.

 As mensagens trocadas enter ambos relata a realidade que se passa em Israel e a Palestina de uma forma que jamais um jornalista ou especialista no Oriente Médio poderia reproduzir.

 A cena que mais se destaca no livro é o assassinato Yitzhak Rabin, no dia 4 de novembro de 1995. A paz nunca esteve tão perto, e a independência da Palestina tão próxima. Mais opositores estavam determinados a impedir o acontecimento e assim fizeram.

 A historia é narrada primeiramente pelo ponto de vista de Tal e depois eles olhares de Naim. A leitura desse livro faz com que você se sinta que esta vivendo a historia como os personagens e sentir tudo que eles sentiram presenciando os acontecimentos.

Charge e Tirinha sobre o Bullying