![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNFcb5ShUjhNd59fT5oxVQ-B7oDHY4lgYoUW0rS_pnuGpBVDwjJoAkjxA9mQ5agsCQ65oBE2LmK7Eh8VxdP7HVFmY9w2CY7_pBaUXcjfbgCRV0tFhlXhyGpW7udC_xuC4NyY5nFHnqbUkE/s320/cereja.jpg)
Júlia corria de um lado para o outro, procurando auxiliar a Madrinha que alvoroçada organizava a casa, cuidando de todos os detalhes, para receber a visita da Tia Olívia (sua prima). Dionízia, a cozinheira, desdobrava-se com as novas receitas para agradá-la.
Com um galho de cerejas ornamentando o decote, a vaidosa tia Olívia, enfastiada e lânguida, abana-se com uma ventarola chinesa, incomodada com a temperatura do local. Júlia ficara encantada. Só conhecia cerejas nas folhinhas.
Marcelo, outro membro da família. Elegante, porém crítico e esnobe, parente Alberto, marido da Madrinha, chegara antes dela para passar as férias. Ele e a tia Olívia destacavam-se como alguém superior, especial. Ambos tinham estado na Europa. Ela falava e andava devagar com uma voz mansa de um gato manhoso e preguiçoso. Os dois pareciam se estranhar ou havia algo de oculto no ar.
Certo dia, cai um temporal estarrecedor, deixando a casa em trevas. Em meio de um relâmpago que rasgou a escuridão, Júlia visualiza dois corpos tombando enlaçados no divã. Surpresa e cambaleante recolhe-se assustada. Chorava como criança. Ficara doente. No dia seguinte, o Marcelo fora embora. Dois dias após, a tia Olívia parte também. Ao se despedir, como para se redimir com a ingênua menina, deixa-lhe carinhosamente o galho de cerejas de lembrança; pois He despertava curiosidade e encanto.
Confira o conto aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário