domingo, 27 de outubro de 2013

Biografia da autora Cecília Meireles

Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964

Biografia da autora Henriqueta Lisboa

A poetisa, ensaísta e tradutora Henriqueta Lisboa  nasceu na cidade de Lambari, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de julho de 1901, fruto da união entre o deputado federal João de Almeida Lisboa e Maria Rita Vilhena Lisboa. Ela se torna, posteriormente, a primeira escritora a ser eleita integrante da Academia Mineira de Letras, em 1963.
Jovem estudante, ela recebe o diploma de normalista no Colégio Sion de Campanha, ainda em Minas. Logo depois, em 1924, ela se transfere para terras cariocas. Henriqueta se devota à poesia prematuramente. Em 1929 ela já tem seu primeiro poema, Enternecimento, premiado; ela angaria então o Prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Sua primeira obra, intitulada Fogo Fátuo, foi publicada quando ela tinha apenas 21 anos, o que confirma seu talento precoce. Ao público infantil ela reserva três livros – O Menino Poeta, de 1943; Lírica, de 1958; e o relançamento, em 1975, do primeiro trabalho devotado às crianças, lançado igualmente em disco pelo Estúdio Eldorado.
Um dos maiores impactos em sua carreira literária é a participação no movimento modernista, em 1945. Nesta época ela foi incentivada a integrar esta escola pelo amigo Mário de Andrade, principalmente através das cartas que ambos trocaram entre 1940 e 1945.
Além dos poemas, Henriqueta produziu várias traduções, ensaios e antologias. Escritora de intensa sensibilidade, ela se devotou de corpo e alma à criação de seus poemas. Ao longo de sua trajetória literária, a poetisa sempre se manteve receptiva a novos estímulos e sugestões de seus contemporâneos, conquistando assim inúmeros admiradores no meio artístico e intelectual, entre eles Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade,Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Gabriela Mistral.
Henriqueta foi homenageada, em 1984, com o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras por sua obra como um todo. Paralelamente ao ofício literário, ela atuou também no campo do magistério, como professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica (Puc Minas) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e como inspetora escolar.
Esta célebre poetisa morreu em 9 de outubro de 1985, na cidade de Belo Horizonte. Em 2002 houve vários eventos comemorativos em prol de seu centenário de nascimento, quando então foram relançados vários de seus livros, em meio a diversas realizações de natureza cultural.
Em sua bibliografia constam inúmeras obras, entre elas Velário (1936); Prisioneira da noite (1941); A face lívida (1945), dedicado à memória de Mário de Andrade, morto nesse mesmo ano; Flor da morte (1949); Madrinha Lua (1952); Azul profundo (1955); Nova Lírica ((1971); Belo Horizonte bem querer (1972); Pousada do ser (1982) e Poesia Geral (1985), coletânea de poemas escolhidos pela própria escritora, extraídos do total de sua obra, a qual foi publicada uma semana depois de sua morte.

Biografia da autora Valérie Zenatti


Valérie Zenatti nasceu em Nice, em 1970, e, com a idade de treze nos se mudou para Israel, com a sua família. Quando fez 18 anos ela fez o serviço militar, que é exigido para homens e mulheres da mesma forma e logo depois retornou à França, lá trabalhou como vendedora, jornalista e professora de hebraico. Hoje, ele é uma autora, roteirista e tradutora. 
   
Seus livros para crianças e adultos jovens, em grande parte são inspirados por suas experiências pessoas, se preocupam tanto com as experiências das crianças e culturas juvenis, e a vida cotidiana de jovens em meio aos conflitos culturais, políticos e religiosos entre Gaza e Jerusalém. Um exemplo disso é "Quando eu era um soldado", que descreve seu próprio tempo no serviço militar. Um autor descreveu sua abordagem para escrever o livro em uma entrevista com o "É mim, mas não sou eu". Ela diz: "É a minha história, mas eu escrevi-o como um romance. Não é um livro de memórias exatas".
   
Embora haja uma notável ausência de discussão política neste romance para jovens adultos, seu segundo livro, "A garrafa no mar de Gaza", reflete sobre a política de Valérie Zenatti confronto em seus primeiros anos em Israel. Depois de um atentando suicida em um lugar público no bairro, ela decide dar uma cara para o chamado inimigo na Faixa de Gaza. 

Através de mensagens em garrafas e coincidências, ela começa a conhecer Naim. E os dois se comunicam por e-mail. Esta é uma descrição narrativa do primeiro passo para aproximar-
se e superar os estereótipos arraigados de posições culturais e políticas.

Canção da tarde no campo - Cecília Meireles


Caminho do campo verde,
estrada depois da estrada.
Cercas de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
que é a imagem da minha vida
tão vazia, mas tão bonita,
tão certa, mas tão perdida !

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a flor é minha

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro do bosque.
Mas a fonte é minha

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto
Subo monte, desço monte
meu peito é puro deserto

Eu ando sozinha
ao longe da noite.
Mas a estrela é minha

Cecília Meireles

O Menino Poeta - Henriqueta Lisboa


O menino Poeta
Não sei onde esta
Procura daqui
Procura de lá
Tem olhos azuis
ou olhos negros ?
Parece Jesus 
ou índio guerreiro ?

Trá-lá-lá-lá-li
Trá-lá-lá-lá-lá

Mas onde andava
que ainda não o vi ?
Nas águas de Lambaro,
nos reinos do Canadá ?
Estará no berço
brincando com os anjos ?
na escola travesso
rabiscando bancos?
O vizinho ali
disse que acolá

existe um menino
com do dos peixinhos.
Um dia pescou
-- pescou por pescar --
um peixinho de ambos
coberto de sal.
Depois o soltou

Ai! que esse menino
será, não será?...

Certo peregrino
(passou por aqui)
conta que um menino
das bandas de lá
furtou uma estrela
Trá-lá-li-lá-lá

A estrela num chora
o menino rindo.
Porém de repente
(menino tão lindo)
subiu pelo morro,
tornou a pregá-la
com três pregos de ouro
nas saias da lua.

Ai! que esse menino
será, não será?...
Procura daqui.
Procura de lá

O menino poeta
quero ver de perto
quero ver de perto
para me ensinar
as bonitas coisas
do céu e do mar
Henriqueta Lisboa

Resumo do livro "Uma Garrafa no Mar de Gaza"

 O livro "Uma Garrafa no Mar de Gaza" de Valérie Zenatti se inicia em setembro de 2003, na cidade de Jerusalém. Conta a historia de Tal Levine, uma garota israelense de 17 anos. Ela nasceu em maio a manifestações a paz em apoio ao povo palestino. Seus pais são defensores da convivência pacifica entre os dois povos.

 Em uma noite, Tal estava se preparando para dormir quando de repente sua casa estremece. Ouve uma explosão nas redondezas da sua casa. Uma terrorista havia se explodido dentro do café Hillel. Seis corpos foram encontrados, entre eles havia uma jovem de 20 anos que morreu junto com seu pai. Ela se casaria algumas horas depois.

 Esse acontecimento meche muito com Tal. Ela não se conforma com essa tamanha violência que é capas de tirar a vida de pessoas inocentes. Ela não quer ser como os israelenses que tem ódio no coração. Tal sempre teve esperança que um dia toda essa gerra finalmente acabace. Um dia na aula de biologia Tal tem uma ideia arriscada de escrever uma carta a um palestino contando o que pensa sobre esse conflito entre dois povos. Ela deposita a carta em uma garrafa, pede para seu irmão, Eytan, soldado a serviço de Israel na fronteira com a Faixa de Gaza, para que lance a garrafa ao mar. Mais seu irmão deixa a garrafa enfiado na areia da praia.

 Tal queria que uma garota palestina da mesma idade que a sua e que tenha a mesma opinião que a sua, encontrasse a garrafa para poder estabelecer um vinculo de paz entre as dias comunidades para a possibilidade do dialogo entre as duas comunidades.

 Mas quem acaba encontrando a garrafa é um jovem palestino de 20 anos chamado Naim, que no inicio de identifica como Gazaman. O dialogo entre os dois é difícil, pois diferente de Tal, ele não acredita mais na paz. Naim reage de uma forma negativa, zomba de Tal, mais ela não desiste e pouco a pouco encontra o caminho que leva ao seu coração.

 As mensagens trocadas enter ambos relata a realidade que se passa em Israel e a Palestina de uma forma que jamais um jornalista ou especialista no Oriente Médio poderia reproduzir.

 A cena que mais se destaca no livro é o assassinato Yitzhak Rabin, no dia 4 de novembro de 1995. A paz nunca esteve tão perto, e a independência da Palestina tão próxima. Mais opositores estavam determinados a impedir o acontecimento e assim fizeram.

 A historia é narrada primeiramente pelo ponto de vista de Tal e depois eles olhares de Naim. A leitura desse livro faz com que você se sinta que esta vivendo a historia como os personagens e sentir tudo que eles sentiram presenciando os acontecimentos.

Charge e Tirinha sobre o Bullying




domingo, 20 de outubro de 2013

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Escolha

Estava tudo indo bem, os noivos estavam muito felizes. Naquela tarde, o sonho de Anita e Mauro iria se realizar, mas no meio da cerimonia, Anita não estava se sentindo bem, estava insegura de si, não tinha certeza se queria se casar mesmo com Mauro. De repente, a porta da igreja se abre e aparece o Liam impedindo que ela se casasse com Mauro. Ele falou que ela não ira ser feliz ao lado dele, pois ela não o amava e sim a ele. Todos da igreja ficaram de boca aberta, pois ninguém sabia que o casamento era falso. Seu pai que tinha arranjado. Ela acabou aceitando, só para ver seu pai feliz, pois quem ela amava de verdade era o Liam.
O seu pai, nunca aceitou o namoro de Anita com Liam, por ele ser da classe media por isso que arranjou esse casamento para ela se afastar de Liam.
Estava tudo girando em sua cabeça, ela não sabia o que fazer. Se fica-se com Liam, ela seria feliz mas seu pai não ira querer olhar mais na cara dela e se fica-se com Mauro iria ser infeliz, mais seu pai iria ficar muito feliz. Ela pensou e acabou fazendo uma escolha e disse:
"Sinto muito Mauro, mas eu não posso continuar com isso". Ela saiu correndo, mas quando estava para abrir a porta sentiu alguém pegar em seu braso bruscamente ela se virou e vou sei pai vermelho de raiva.
" Pra onde você pensa que vai ?" disse seu pai todo nervoso.
" Vou em busca da minha felicidade" disse Anita, saiu correndo, subiu na moto.
Seu pai foi atrás, no meio do caminha Liam perdeu o controle da moto e acabou indo para o penhasco.
Anita conseguiu pular, gritou para o Liam mais quando viu já era tarde de mais a moto havia caído e Liam acabou indo junto. Anita ficou chorando a perda de seu amado.

Influência Indígena

Base na pesquisa do livro "Conto Indígenas", achei palavras que são usadas são usadas no nosso dia a dia e que tem como influência indígena, como o abacaxi que tem o significado de uma fruta espinhosa, e outro como, cutucar que é dar pontaços, dessedentes que vai do mais antigo ao mais recente, o conviver é viver em companhia, misturar é a mistura de qualquer bebida, o Jacaré que é o crocodilo, a peteca é uma especie redonda e achatada, a mandioca é uma planta americana sobre tudo brasileira, o ipê que é uma arvore do brasil e a pipoca que é um grão de milho que rebenta com o calor do fogo.

Índios do Brasil (síntese)

Já assisti algumas reportagens sobre os índios. Os índios são diferente de nós, eles tem cultura diferente e tem crenças diferentes, eles acreditam que alguns animais já foi algum parente deles mais alem de tudo isso eles são seres humanos iguais a nós.
Existem varias pessoas racistas que tem preconceito com os negros, os gays, mais eles não tem preconceito só com isso e sim com algumas escolhas que as pessoas tem e eles não são a favor com isso.
Achei muito repugnante o ponto de vista dos entrevistadores que falaram que os índios são preguiçosos.
Eu discordo disso total mente, pois índios tem mais coragem do que muitas pessoas e fazem ate mais coisas.


Veja o a reportagem abaixo 


O Búfalo - Clarice Lispector

O conto fala sobre uma mulher que foi ao Zoológico para encontrar o ódio nos animais, só por que ela foi rejeitada pelo homem que ama, e também queria odiar aquele que havia a machucado.
A mulher era pessoa solitária que estava a procura de si mesma e procurava se identificar com os animais, pois como eles vivem presos, ela acredita que eles devem ter ódio dos outros.
Ao chegar no Zoológico, ficou indignada, pois ela viu que eles transmitiam sentimentos bons, ate o leão que ao olhar dela era o mais agressivo e violento, mais se engano ele demonstrou um ato de amor.
Ate que encontrou o búfalo, a mulher ficou intrigada pois tinha percebido que o  animal não parava de olhar e ela olhou disfarçadamente, seu coração começou a acelerar e o ódio nasceu dentro dela, o búfalo olhou a mulher de longe e ela não se ariscou. Ela estava "presa" ali e antes de seu corpo caiu no chão, apenas viu o céu e o búfalo.

Leia o conto completo Aqui

Laços de Família - Clarice Lispector

O conto fala a relação de Catarina e Severina, que são mãe e filhas. Severina foi visitar sua filha, mas ela começou a criticar e a dar palpite como Catarina cuidava de seu filho, sua mãe falou que o seu neto estava magrinho e estressado.
Catarina e Severina não tem uma relação de carinho e amor entre mãe e filha. Um dia elas estavam indo para estação de trem, e de repente o táxi deu uma freiada brusca e elas encostaram uma na outra, aquilo deixou a Catarina ensimesmada, pois elas quase não se tocavam. Quando chegaram a estação, Severina entrou no trem. Ficou  aquele sentimento  de que algo estava faltando, talvez um "Eu Te Amo" não dito. Quando Catarina voltou pra casa achou estranho seu filho ter lhe chamado de mãe sem motivo, isso deixou Catarina muito emocionada e resolveu sair com seu filho, quebrando a rotina que tinha com seu marido e seu filho no dia a dia.
Confira o conto Aqui

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Venha ver o pôr do sol - Lygia Fagundes Telles


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Raquel é uma mulher casada que depois de muita insistência resolve aceitar o convite do ex-namorado Ricardo para um último encontro. Misterioso, o homem pede que ela o encontre num antigo cemitério, onde segundo ele, ela veria o mais lindo pôr do sol.
Juntos eles se aprofundam cada vez mais no velho cemitério e por mais que Raquel peça para que ele desista da ideia, Ricardo quer chegar ao túmulo de sua família. No caminho os dois mantêm uma conversa nostálgica e mórbida ao mesmo tempo,  até que finalmente chegam ao mausoléu.
Lá Ricardo resolve mostrar à Raquel o retrato de uma prima que morreu muito jovem e era muito parecida com a mulher. Quando Raquel se aproxima da imagem ouve um forte estrondo. Ricardo havia a trancado em meio às gavetas que nem sequer eram de familiares seus. Antes de deixar que Raquel enfrente seu terrível fim, Ricardo lhe diz como enxergar o “pôr-do-sol mais belo do mundo”.


Confira o conto aqui

As Cerejas - Lygia Fagundes Telles


As belas cerejas despencando-se no chão, em meio aos relâmpagos que apagara a luz... 
Júlia corria de um lado para o outro, procurando auxiliar a Madrinha que alvoroçada organizava a casa, cuidando de todos os detalhes, para receber a visita da Tia Olívia (sua prima). Dionízia, a cozinheira, desdobrava-se com as novas receitas para agradá-la. 
Com um galho de cerejas ornamentando o decote, a vaidosa tia Olívia, enfastiada e lânguida, abana-se com uma ventarola chinesa, incomodada com a temperatura do local. Júlia ficara encantada. Só conhecia cerejas nas folhinhas. 
Marcelo, outro membro da família. Elegante, porém crítico e esnobe, parente Alberto, marido da Madrinha, chegara antes dela para passar as férias. Ele e a tia Olívia destacavam-se como alguém superior, especial. Ambos tinham estado na Europa. Ela falava e andava devagar com uma voz mansa de um gato manhoso e preguiçoso. Os dois pareciam se estranhar ou havia algo de oculto no ar. 
Certo dia, cai um temporal estarrecedor, deixando a casa em trevas. Em meio de um relâmpago que rasgou a escuridão, Júlia visualiza dois corpos tombando enlaçados no divã. Surpresa e cambaleante recolhe-se assustada. Chorava como criança. Ficara doente. No dia seguinte, o Marcelo fora embora. Dois dias após, a tia Olívia parte também. Ao se despedir, como para se redimir com a ingênua menina, deixa-lhe carinhosamente o galho de cerejas de lembrança; pois He despertava curiosidade e encanto.


Confira o conto aqui

Lygia Fagundes Telles (Biografia)


Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Filha de Durval de Azevedo Fagundes, advogado, passou sua infância em várias cidades do interior, onde seu pai era promotor. Sua mãe, Maria do Rosário Silva Jardim de Moura era pianista. Seu interesse por literatura começou na adolescência. Com 15 anos publicou seu primeiro livro, "Porão e Sobrado". Formaram-se em Direito e Educação Física, na Universidade de São Paulo, porém, seu interesse maior era mesmo a literatura.
Sua estreia oficial na literatura deu-se em 1944, com o volume de contos "Praia Viva". Casou-se com o jurista Goffredo Telles Júnior, com quem teve um filho. Divorciada, casa-se com o ensaísta e crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes. Em 1982 foi eleita para a Academia Paulista de Letras. Em 1985, tornou-se a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Em 1987 é eleita para a Academia das Ciências de Lisboa.
Entre os muitos prêmios que recebeu, destacam-se o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, em 1949; o Prêmio do Instituto Nacional do Livro, em 1958; o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por "Verão no Aquário", em 1965; o Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras, em 1973; o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do livro, com a obra "As Meninas", em 1974; o Prêmio Jabuti com a obra "Invenção e Memória", em 2001; e o Prêmio Camões recebido no dia 13 de outubro de 2005, em Porto, Portugal.

Felicidade Clandestina - Clarice Lispector

No conto "Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector, conta a historia de uma menina apaixonada por livros
Uma das suas amigas era filha do dono de uma livraria, ela era gorda, baixa, sardas no rosto, cabelos crespos e meio arruivados, diferente das outra meninas de suas idades ela era encorpada enquanto as outras ainda era "achatadas" mais ela era má e muito egoísta.
Um certo dia, ela prometeu a menina que iria emprestar o livro "As reinações de Narizinho" de Montero Lobato, ela só deveria passa no dia seguinte em sua casa para pegar o livro. E assim fez, no outro dia foi toda feliz na casa de sua "amiga", quando chegou la para sua infelicidades ela falou que tinha emprestado para outra pessoa e que era para ela voltar no dia seguinte. A meninas como era inocente votou vários dias, ate que a mãe da sua "amiga" achou estranho a menina vir todo dia na porta de sua casa e acabou perguntando para as duas o que estava acontecendo.
A mulher entendeu o que estava ocorrendo es explicou para a meninas amante dos livros que esse livro nunca havia saído de sua casa es que sua filha nunca tinha lido esse livro. A mãe da menina má falou que ela poderia leva-lo e ficar o tempo que achar necessário.
A menina ficou muito feliz, sua felicidade era imensa e inexplicável, ficou apreciando o livro por horas e horas. Agora ela " Não era uma mais menina com um livro: era uma mulher com seu 'amante' "


Confira o conto aqui

Feliz Aniversário - Clarice Lispector

Era aniversário de 89 anos de uma senhora, mãe de 7 filhos. Ela morava com uma das filhas, Zilda, que havia preparado tudo para a festa e convidado os irmãos com suas esposas e filhos.
Logo depois do almoço, Zilda vestiu a mãe e a colocou na cabeceira da mesa já arrumada, a fim de esperar os convidados que chegariam no final da tarde.
A chegada de todos foi desastrosa. A aniversariante continuava na cabeceira da mesa sem participar da própria festa. Cantaram parabéns e uma neta pediu para a vó cortar o bolo. Ela o fez com brutalidade. Todos ficaram espantados.
A festa continuou e a idosa passou a observar com desdém a própria família. Inesperadamente, ela cuspiu no chão. Zilda ficou envergonhada, pois todos achavam que ela era responsável pela mãe. Um dos filhos fez um breve discurso tentando amenizar o clima desagradável que se instalara.
Até que, ao anoitecer, deram um beijo na aniversariante e foram embora. Ela continuou na cadeira, interessada no jantar que a filha deveria servir.
Confira o conto aqui

Amor - Clarice Lispector

Ana era uma dona de casa preocupada com seus afazeres rotineiros. Tinha marido, filhos e morava em uma boa casa. Um dia, Ana saiu para fazer compras para o jantar e, ao retornar para casa, já dentro de um bonde, foi surpreendida por um cego parado no ponto, que mascava chicletes com muita naturalidade. Isso a despertou para novas sensações e sentimentos.
Quando o bonde voltou a andar, Ana deixa cair, o pesado saco de tricô.  A rede de tricô desprende-se de suas mãos quebrando os ovos. A fragilidade dos ovos ao chocar-se com o chão do bonde transcende a sua própria. O medo fez-se presente nela por significar a queda um momento de desarrumação. Passageiros recolheram o que ficou espalhado, depois seguiram viagem. A distração era tão grande, que Ana acabou perdendo o ponto que a faria retornar para casa, por isso, desceu próximo ao Jardim Botânico. Ficou toda a tarde observando cada detalhe do local, pássaros, insetos, folhas, flores, terra e vento. Em certo momento, lembrou-se dos filhos, do marido e do jantar, o que a fez correr.
Assim que chegou, também passou a ver o filho, o marido e a própria casa de maneira diferente, parecia que o amor por todos havia aumentado. Jantaram com amigos e crianças. Depois, Ana e o marido foram dormir.
Clarice Lispector (1920 - 1977)
Confira o conto aqui

sábado, 20 de abril de 2013

Entrevista da Clarice Lispector

   No ano de 1977 (mesmos ano que a autora morreu), Clarice deu uma entrevista falando sobre a sua vida e algumas obras que fez. Na entrevista ela fala que quando começou a ler ela começou a escrever pequenas historias, Clarice fala que era tímida e ousada ao mesmo tempo, publicou suas historias para jornas e revista e comenta que não era uma escritora profissional e sim uma amadora. Clarice conta que fez um livro para sua filha e com isso passou a fazer historias para crianças.
   Clarice achava que os adultos eram pessoas tristes e solitárias, o entrevistador o por que a ela e a autora falou que não podia falar, pois era segredo. Ela falou que uma das obras que ela escreveu que menos entendeu foi o "O Ovo e a Galinha". Clarice Lispector tinha a linguá presa e o sotaque nordestino com isso dificulta compreender o que a autora fala.
   No final ela conta sobre seu ultimo livro "A Hora da Estrela" que conta a historia de uma moça nordestina "tão pobre que só comia cachorro-quente". Depois desse livro ela disse estar "morta", ficava vazia, oca, sofria um período de "hiato", como ela disse.

   Confira a entrevista abaixo da autora Clarice Lispector para a TV Cultura

Primeira parte

Segunda parte


"Quando eu não escrevo eu estou morta" (Clarice Lispector)

Clarice Lispector (Biografia)

   Nasceu em 1920, na Ucrânia, de família judia, chegou ao Brasil com os pais e mais duas irmãs em 1922 e foi naturalizada brasileira. Morou primeiro em Maceió e depois em Recife, onde passou a infância. Perdeu a mãe em 1930 e, três anos depois, seu pai mudou-se com as filhas para o Rio de Janeiro. No Rio, Clarice Lispector formou-se em direito, trabalhou como jornalista e iniciou sua carreira literária com o romance "Perto do coração selvagem", em 1943. Viveu muitos anos no exterior cassada com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos.
   Clarice Lispector foi reconhecida pela critica literária brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, ela mudou os rumos da narrativa moderna com uma escritora singular, passando por diversos gêneros do conto ao romance, da crônica à dramaturgia e também , pelas páginas femininas. Clarice Lispector morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, um dia antes completar 57 anos.